28 novembro 2013

'Declaração de Recife' é o resultado do 3º Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde

O 3º Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde, que ocorreu em Recife de 10 a 13 de novembro, teve desdobramentos significativos para auxiliar nas tomadas de decisão para a gestão de RHS. Entre eles, as publicações anunciadas durante o evento.

A Declaração de Recife é a marca da renovação dos compromissos assumidos nas edições anteriores do fórum: em Kampala, Uganda, em 2008 e Bangkok, Tailândia, em 2011. O documento é uma declaração política e será discutido durante a 67ª Assembleia Mundial da Saúde da OMS, que ocorrerá em Genebra, na Suíça, em maio de 2014.

A carta aborda os principais desafios de RHS e as ações para enfrentar tais entraves, no intuito de transformar e melhorar o cenário para os trabalhadores da saúde, bem como a qualidade de assistência à população.

Foi divulgado também o relatório, “Uma verdade universal: não existe saúde sem força de trabalho”. A publicação traça o atual cenário da área e identifica vários dados importantes, trazendo recomendações aos gestores, bem como ações necessárias para enfrentar a escassez de mão de obra de profissionais de saúde para que se garanta a cobertura de saúde universal. As principais recomendações incluem: aumento da liderança política e técnica nos países, para apoiar os esforços de desenvolvimento de recursos humanos em longo prazo; coleta de dados fiáveis ​​e fortalecimento de recursos humanos para bancos de dados de saúde; ampliação do papel do profissional de nível médio e agentes comunitários de saúde; retenção de profissionais de saúde nos países em que os déficits são mais acentuados e maior equilíbrio geográficona distribuição dos profissionais de saúde; fornecimento de mecanismos que propiciem voz, direitos e responsabilidades dos profissionais de saúde no desenvolvimento e na implementação de políticas e estratégias para cobertura de saúde universal.

Para a Diretora Adjunta OMS, Marie-Paule Kieny, as bases para uma força de trabalho forte e eficaz de saúde se fragilizam a medida em que as ofertas de profissionais de saúde estão aquém das demandas da população. “Para evitar que isso aconteça, temos de repensar e melhorar a forma como ensinar, treinar, implementar e pagar os trabalhadores de saúde para aumenta o impacto dessas ações", afirma.


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